quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pubalgia.


A pubalgia consiste em dor inguinal crônica e dor púbica unilateral ou bilateral. A incidência desta lesão é mais freqüente em homens, devido às atividades físicas intensas, principalmente ao futebol, tênis e corrida.


Os sintomas da pubalgia são:

·    Dor na região púbica, principalmente ao levantar, sentar e ao tossir
·    Aumento da dor com apoio unipodal e exercícios de alta intensidade (corrida) 
·    Sensação de ardor na região da virilha
·    Crepitação na sínfise púbica
·    Espasmos de adutor
·    Diminuição da amplitude de movimento do quadril
·    Possível dor lombar
·    Marcha Anserina (marcha com rotação lateral dos membros inferiores)
·    No futebol, dor no primeiro passe ou chute

O diagnóstico diferencial deve ser feito para descartar doenças como: prostatite, infecção urinária,
fratura por stress, dor irradiada da coluna e principalmente hérnia inguinal, a qual é confundida em 50% das vezes. Os exames de imagem podem estar normais. No raio-x pode haver deslocamento púbico para cima, e nos demais exames sinais de inflamação local.

Os sintomas da pubalgia são na maioria das vezes causados pelo desequilíbrio muscular entre os músculos abdominais e adutores. A ação dos abdominais leva a uma elevação pélvica e os adutores acabam por tracionar, afastando a sínfise púbica, levando então a um stress ligamentar e inflamação local.

Outro grupo muscular que interfere neste desequilíbrio biomecânico são os posteriores da coxa (isquiotibiais). Quando estes estão encurtados ocorre uma tração lombar, potencializando o desequilíbrio de abdominais de adutores, principalmente no movimento de chute do futebol.

Tratamento - O tratamento inicial é sempre conservador. Repouso completo, administração de antiinflamatórios e aplicação de compressa de gelo por quinze minutos no local, para aliviar a dor. Pode-se alongar levemente os músculos abdominais, adutores e isquiotibiais (nos casos de término da dor, alongar normalmente).

A fisioterapia tem papel fundamental no re-equilíbrio muscular e no retorno as atividades desportivas. O tratamento cirúrgico só é utilizado caso o tratamento conservador falhe. 


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